sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Química analítica educativa

Hoje venho aqui para mostrar-lhes um texto um pouco diferente dos que faço normalmente. Como muitos devem saber, comecei mais uma fase em minha vida muito recentemente, A.K.A. entrei na faculdade. Acontece que lá fui eu ter uma aula em que me mandaram fazer um resumo de um texto de Sociologia. Acontece que eu também gosto desse assunto e acho que o resultado ficou interessante, então vou colocá-lo aqui. Aos interessados em ler o tal texto e ter uma ideia mais profunda sobre o assunto que vou expor, o nome é "Educação e luta de classes" de Aníbal Ponce. Eis o texto então.

"A Educação, como a temos nos dia de hoje é, claramente, uma compartimentalização de conhecimentos vinculada às transformações ocorridas na sociedade, desde seus primórdios. É notório este pensamento, baseando-se no fato de que não havia instituições de ensino nas sociedades primitivas, sendo o indivíduo educado pelo meio e para o meio, através da participação nas atividades diárias da comunidade. Obviamente, sendo estes grupos sociais dotados de características igualitárias para todos os seus constituintes, cada indivíduo era capaz de absorver o mesmo conhecimento que seus antepassados transmitiam inconscientemente e que seus contemporâneos também assimilavam. Em outras palavras, por não haver diferenciação social, não havia também uma diferenciação de conhecimento a ser introjetado.
Com o passar do tempo e as decorrentes mudanças nas estruturas sociais, passaram a existir subgrupos dentro de cada comunidade, unidos entre si por laços de servidão e obediência. Como agora os indivíduos de uma mesma sociedade não viviam todos sob os mesmos preceitos de igualdade, surgiu a necessidade de um ensino diferenciado para cada um destes núcleos sociais distintos. Sendo que o conhecimento maior circulava apenas nas castas mais altas, não podendo ser transmitido à força servil, que permanecia ignorante e condicionada a desempenhar todo o trabalho braçal da comunidade. A Educação começou a se tornar, então, uma arma para a dominação dos menos instruídos.
O surgimento do ensino com grande rigidez, seguido do aparecimento de escolas secretas, reforçou ainda mais este caráter instransponível do saber para as classes mais baixas. O indivíduo era submetido a duras provas antes de receber qualquer instrução, a fim de selecioná-lo de inculcá-lo com o respeito às normas. Este conhecimento nunca poderia ser transmitido indiscriminadamente.
Todos estes desdobramentos culminaram, enfim, na criação do Estado. Estando oficializadas todas as relações de poder existentes, decorrentes de mudanças consentidas nas comunidades primitivas e que marcaram profundamente todo o desenvolvimento das sociedades até o modelo que conhecemos hoje."

domingo, 15 de agosto de 2010

Um ser social

E eis que cá estou eu mais uma vez, tirando a poeira deste blog pouco movimentado porém jamais esquecido. Além de uma ligeira falta de tempo pra postagens, admito que durante todo este tempo me fugiu a inspiração. Mas sabem como é, de vez em quando as ideias batem à porta e não podem ser ignoradas. Vamos lá então...
Meninos e meninas, hoje falarei sobre algo que de certa forma marcou minha vida. Sim, é algo muito pessoal e íntimo, e que agora venho aqui expor sem medo para meus amigos e desconhecidos que passarem por aqui. Falo da incompetência. Acho que falo por todos quando digo que sempre queremos mais do que temos, estamos sempre em movimento buscando algo maior e em busca de vôos mais altos. Porém nem sempre é possível realizar todos esses pequenos sonhos do dia-a-dia devido a, digamos, uma certa falta de aptidão para tal. Até aqui meus amigos mais próximos podem dizer "Mas você não deve se achar um incompetente, afinal concluiu um ensino técnico, conseguiu um bom estágio e ainda passou na faculdade." É, pode até ser... De fato não tenho do que reclamar quando falo de minhas conquistas acadêmicas e de meu início de carreira. Mas sou humano, e como já disse antes, eu quero sempre mais, eu quero muito mais. E não é desta parte da minha vida que falo. Falo de coisas mais ligadas a um outro lado meu, um lado que busca diversão, relações interpessoais mais profundas e eticétera e tal. Eu não vou direto ao ponto aqui, cada um pense o que quiser (ou me pergunte depois, talvez eu lhe explique com mais detalhes, talvez não). O fato é que me julgo um ser social incompleto. Invejo os capazes de, por exemplo, nunca deixarem uma conversa morrer. Como conseguem? Eu sequer possuo um repertório respeitável de assuntos a serem discutidos numa rodinha de amigos. Me limito a comentários esporádicos e umas gracinhas a toa. Este é somente um dos quesitos pelos quais me julgo um antissocial funcional. De uns tempos para cá venho dando maior importância a esta faceta da vida, e foi então que percebi minhas falhas. O problema é que como sempre vivi desta forma, não encontro meios para mudar minhas atitudes, pelo menos não no momento. De certa forma estaria mudando quem eu sou, mas acredito que seja uma mudança positiva e que possa trazer bons frutos no futuro, mesmo que a longo prazo. Estou tentando. Eu vou conseguir. Porque tudo que eu quero, eu posso, logo eu consigo.