segunda-feira, 25 de maio de 2009

Uma noite de outono qualquer

Estava eu andando pela rua, pensando em nada, buscando nada. Olho para o céu sem saber por que, meio que por instinto de procurar algo ali que me distraia. Então vi o Cruzeiro do Sul, e me animei ao reconhecer seu formato e seu nome, tão vistos nas aulas de geografia do primário. Olho mais adiante e vejo um ponto luminoso a mais, diferente dos outros. Seu brilho intenso e seu tamanho superior aos demais não me deixou dúvidas, era Vênus. Lembrei-me então de seu olhar, brilhante como Vênus, a deusa de beleza mitológica, repleta de tantos amores quanto se é possível imaginar. Seu rosto me veio entre as estrelas, efêmero e evanescente como uma nuvem, lindo e suave como só mesmo vi em você. Fui invadido por uma sensação de vazio e senti-me só, abandonado ao relento na rua em que me encontrava, na noite escura e fria de outono. Balancei a cabeça a fim de expulsar estes pensamentos de mim e fui para casa. Lá chegando liguei o computador e escrevi este texto, curto porém sincero, sobre um breve momento numa noite qualquer.

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